segunda-feira, 9 de abril de 2012

Saudade Anônima

Hoje lembrei de você. Lembrei da mesma forma que lembrei ontem e voltarei a lembrar outro dia, mesmo sem saber da onde vem essa lembrança. Também não entendo o motivo pelo qual costumo sentir tua falta, a tua ausência, mas às vezes eu só queria me acalmar no aconchego da sua presença. Queria poder ouvir tua voz de novo, me chamando, me aconselhando e até mesmo me repreendendo. Queria sentir teu cheiro outra vez, pra poder amenizar essa saudade que tanto me persegue. Eu queria, mesmo, poder te encontrar de novo, te reconhecer mais uma vez, assim como já te reconheci tantas outras.
Não, meu amor, infelizmente acho que ainda não te encontrei; ou pelo menos ainda não te reconheci, mas eu acredito, eu acredito mesmo, que você exista. Por maior que seja a habilidade do ser humano em criar personagens e máscaras para esconder sua verdadeira face, desacredito que ele seja capaz de inventar algo assim tão grande, que parece trespassar o mundo físico, imune à vastidão do tempo. Não, meu amor, você tem que existir. E se eu não te encontrar nessa vida, vou te encontrar em outra, ou em outra, porque você é meu alfa e meu ômega, meu início e fim, e nada, absolutamente nada, teria sentido se você não existisse. Porque nosso amor não morre com o nosso corpo, ele vive com a nossa alma.